abr-ago 2015

Uma das poucas áreas dos baixios do Viaduto Libertas que escapava da projeção do tabuleiro do viaduto. Ali onde o céu se abria sobre nossas cabeças, fez-se o hábito do fogo. Seu habitat sagrado. Criamos um desenho que tirava partido do desenho já existente a partir dos canteiros que circundavam a área. A proposta é de criar prolongamentos em concreto dos canteiros, aumentando sua superfície permitindo que as pessoas ali se acomodassem, sentadas, deitadas, como lhes conviesse. No primeiro desenho, aproveitávamos a estrutura da casinha que estava colocada ali, para utilizarmos seu interior como caixa de ferramentas. Não conseguimos financiamento para concretizar essa parte mais construtiva do projeto. Nem por isso deixamos de alimentar o fogo ali. Uma das alternativas seria demolir o q restava da casinha, para liberar o fluxo do espaço que ficava congestionado ali. Felizmente isso foi feito, a subprefeitura sem saber, realizou parte do nosso projeto.

Para a concreção do ALTAR DO FOGO, retiramos quarenta centímetros de concreto que compactavam a terra ali desde 1969, quando da construção do viaduto. Afim de manter a terra respirando, optamos ao invés de realizar o desenho original do projeto a partir do símbolo guarani para fogo, para evitar o acúmulo de água parada, preenchemos o buraco com brita e paralelepípedo, preservando assim sua permeabilidade seu respiro.